Perto de mim,
No banco de jardim...
Ao invés disso,
Sozinha estou,
Sozinha ficarei
E com este buraco na alma sem fim.
Por vezes,
Pergunto-me
Porque me deram coração?
Será que é apenas
Para a sofrer me verem?
Poesia negra,
Manchada de lágrimas minhas,
Tem sido o que mais me acompanha,
Pois sinto um enorme vazio
Desde que "ele" partiu...
Sim, "ele", mas
Já não existe no meu real
Apenas no ideal...
Não, não morreu,
Apenas já não quer
À minha realidade pertencer,
Prefere de mim se esconder,
Por vergonha, ignorância...
Mas de ignorância, sofro eu
Que continuo iludida por aquele falso sorriso
Continuando a fechar os olhos à realidade...
Vou forçar um sorriso,
Vou tentar elevar o meu espírito,
A um maior nível!
Mas, à medida que os músculos mexo,
As lágrimas caem,
E no instante penso
Que o mundo acabou para mim...
Ó quando...
Quando vou eu deixar este mar de tristeza?
Porque me continuo a afogar, a afogar...
E ninguém me vem salvar?
16H45, 27/5/2010
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