
A sociedade move-se e comove-se com a hipócrisia. Desde os tempos mais remotos que é assim. As pessoas julgam-se umas às outras com falsos moralismos e por trás fazem o mesmo ou até concordam com a pessoa a quem julgam. Porque é que criaram esta base? Isto não é social. Não é saudável. Estas pessoas movem-se com o prazer de rebaixar os outros para parecerem bem. São capazes de se vestirem a preceito sem gostarem do que vêm mas como está na moda usam. São capazes de fumar, beber e consumir outras drogas só porque é muito "in" e a malta gosta (o mais provável é nem gostarem e pensarem exatamente que todos gostam). Dão muita importância à forma como estão no espaço fisicamente, mas não valorizam o que vem do interior das pessoas.
Eu não me conformo com isto e faço uma luta diária para evitar este tipo de cenários. É tão melhor ser-se saudável, aproveitar-se a vida sem ter de dar 200% de nós para o visual mas sim distribuir também pelo nosso interior, tentar aprender novas coisas, ter bons amigos e mantê-los por longos anos e não arranjar amigos por interesses, isto é, que só interessam porque se vestem de determinada maneira, fumam daquilo ou doutro ou porque têm uma montanha de contactos...
Propus-me desde há alguns anos a um desafio a mim mesma e cada vez vou superando mais que é: Despir-me destas falsas imagens que a sociedade gosta de criar, viver cada dia como se fosse o último e não me preocupar com as críticas das pessoas que me rodeiam, a não ser que ache que são boas para melhorar o meu ser espiritual. E, claro, continuar a apoiar os meus, porque esses vão gostar de mim e eu vou gostar deles pela forma como são e nunca pela forma como estão.
Porque se existe alguém que deva ter vergonha de se comportar daquela forma, são aquelas pessoas que não sabem aproveitar a vida que têm e a estragam com o stress de olhar para os outros e para si mesmas exteriormente e não vêm aquilo em que se estão a tornar como indivíduos.
Ninguém é perfeito, cada um tem os seus defeitos, logo, não devem ser pressionados para serem algo que nem sequer existe neste mundo tão diversificado.